Para quem tiver dúvidas de que a internet é uma invenção do caneco, talvez possa ajudar a esclarecer.
A internet, além de ser uma enciclopédia maravilhosa, com som, imagem e que procura os temas por nós, tem mil coisas que podem dar-nos imenso prazer (e não falo de nus, nem de anedotas picantes).
Uma pessoa que conheço, muito mais nova que eu (e que nem quer pensar na altura em que tiver a minha idade!!!) criticava-me por eu ter comprado um portátil e começar a dar os primeiros passos na internet. Dizia, alto e bom som, que na internet só andavam as pessoas levianas e se era um meio de consulta, como eu lhe afirmava, as filhas nunca iriam estudar assim.
O mafarrico estava a ouvir... Veio o plano tecnológico e a possibilidade dos estudantes comprarem os portáteis ao preço da uva mijona. Então, em vez de 1, passou a haver 3 computadores na sua casa e a ser orgulho de modernidade o facto das suas meninas navegarem no ciberespaço, como Vasco da Gama nos mares do Adamastor (ou melhor ainda).
Aos leitores da minha idade, que já casaram os filhos, que estão sozinhos ou como se estivessem, aos que gostam de estar informados, de investigar, de rir, de comparar, aos que gostam de fotografia, de teatro, de cinema, de escrever, de ler, a internet é o meio que devem passar a usar para ocupar utilmente o seu tempo de forma barata e com tudo ali mesmo à mão de semear. Tudo se aprende e isto não é nenhum bicho de sete cabeças, principalmente para quem passou a vida neste país, a fazer investigação por conta própria para conseguir educar os filhos, pagar a hipoteca da casa e não ter credores à porta.
Além disso, quem gosta das mesmas coisas que nós, vai andando por perto, criando um abraço amigo e ficando atento ao pulsar do nosso coração.
Quem não gosta, também pode vir, ler, interpretar à sua maneira e aborrecer...
Mas isso acontece menos, pois ter de ler só para encontrar por onde pegar, também é chato!
Há dias atrás, eu estava triste. Tive então a mensagem de um amigo bloguista, que dizia: "Estou aqui, desabafa comigo, sabes que não me aborreces e que terei todo o gosto em te ouvir."
Hoje, depois de deixar o último post, recebi a mensagem que podem lá encontrar e que me dá o carinho que só uma amiga pode dar. A Lili, como eu lhe chamo, apesar da sua juventude, dos seus muitos afazeres, tem sempre tempo para me dizer uma palavra amiga e me puxar para cima. É bom.
Obrigada Nuno, eu sei que estás sempre aí, como só os amigos estão.
Obrigada Lili. Prometo que vou ver de uma escola de dança ( já frequentei uma ou duas, mas desisti por falta de par) dessas que me sugeres, embora o par seja importante para aprendermos e até para nos sentirmos motivadas (não te rias, estou a falar no bom sentido).
Não sei porquê, mas os homens não têm coragem de ir aprender a dançar. Aprender, é isso mesmo... é não saber e passar a saber! É duro, para eles, passarem pelo vexame dos primeiros passos! Preferiam nascer logo como bons pés de dança. Arrisco-me a afirmar, para os animar, que até o Fred Astaire passou por isso!
Um dia, numa escola onde andei, calhou-me um par que era bastante mais baixo que eu. O professor dizia que as mãos deviam estar dadas à altura do ombro do homem... então no nosso caso, tinha de ser à altura do ombro da mulher.
Caramba, gosto das coisas como deve ser. Comigo, tradição é tradição!
Ele comandava, porque na dança é o homem que manda, (na dança!) mas a postura tinha que ser pelo meu ombro, ou dançava marreca!
O destino resolveu-me o problema. Caí das escadas abaixo, fiquei doente de um pé e pronto...
Gostar de escrever, no nosso caso, é o elo que nos une. E faz-nos bem, acredite quem tem a mania que a internet só é usada para encontrar namorados. (Mesmo que fosse, já não era mau, mas há mais, muito mais a aproveitar deste meio que os homens iluminados souberam dar-nos).
É uma questão de escolha, como tudo na vida.